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Source: Journal of Geophysical Research: Biogeosciences
This is an authorized translation of an Eos article. Esta é uma tradução autorizada de um artigo da Eos.
Os rios fornecem água a bilhões de pessoas e são ligações importantes entre os ecossistemas continentais e os oceanos. Cada percurso feito por um rio transportando nutrientes e sedimentos remodela a paisagem circundante. No entanto, muitos rios, incluindo grandes afluentes da Bacia Amazónica, a maior bacia hidrográfica do mundo, são pouco estudados. A lacuna de dados resultante lança incerteza sobre os orçamentos de carbono e as estimativas de fluxo de nutrientes, tanto com relação à escala regional como à global.
Um desses rios pouco estudados, o Rio Tocantins no Brasil, drena os biomas tanto da Amazônia quanto do Cerrado e deságua no Oceano Atlântico, onde se mistura com a vasta coluna de água que emerge dos rios Amazonas e Pará. A perda da cobertura vegetal nativa na Bacia do Tocantins que representa 11% da massa terrestre do Brasil, foi impulsionada pelo desenvolvimento agrícola e hidrelétrico e foi tão generalizada que alterou o regime hidrológico da bacia.
Em uma nova pesquisa, a Neu et al. estudou a qualidade da água, o ciclo de carbono e de nutrientes na região e os fluxos biogeoquímicos para o oceano – e se essas características foram afetadas pelas mudanças no uso da terra. Coletando amostras mensais do rio Tocantins há mais de dois anos, eles mediram a composição e o transporte de carbono, nitrogênio e sedimentos em suspensão para estabelecer as características biogeoquímicas da bacia.
As descobertas mostram que o Rio Tocantins contribui com 3% de carbono dissolvido e 3,7% de nitrogênio dissolvido para a pluma total do Rio Amazonas e que as flutuações sazonais determinam em grande parte a composição de carbono e nitrogênio do rio. Durante a estação chuvosa, a matéria orgânica entra no rio vinda do ambiente terrestre. Na estação seca, contudo, a química da água está mais intimamente ligada à decomposição de algas e planctônicas. A investigação não estabeleceu ligações claras entre os impactos humanos na paisagem circundante, como o desmatamento e a química da água.
A pesquisa representa a primeira avaliação detalhada de carbono e nitrogênio no rio Tocantins, fornecendo linhas de base que serão fundamentais para a compreensão das mudanças ambientais provocadas pelo homem na bacia no futuro, dizem os autores. O trabalho também destaca a necessidade de investigações sobre outros rios pouco estudados em todo o mundo, particularmente nos trópicos. (Journal of Geophysical Research: Biogeosciences, https://doi.org/10.1029/2022JG006846, 2023)
—Aaron Sidder, Autor Científico
Text © 2024. AGU. CC BY-NC-ND 3.0
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